“Há uma diferença entre ser um líder e ser um chefe. Os dois são baseados em autoridade. Um chefe demanda obediência cega; um líder conquista sua autoridade por meio da compreensão e confiança. ” – Klaus Balkenhol, cavaleiro alemão.
Liderança jovem é um tema especialmente atrativo atualmente. Basta pensarmos que os tempos mudaram. Para muitos leitores, a figura de um chefe sisudo, de postura ditatorial e sobretudo inflexível e carregado de intransigência, é apenas uma lembrança ou referência cinematográfica, como no filme “Como Enlouquecer Seu Chefe” – “Office Space, 1999”, onde a figura do chefe Bill Lumbergh, interpretado por Gary Cole, revela tais características execráveis no mundo corporativo atual.
Hoje, pouco se fala em chefe, mas muito se fala em líderes, e este fator está relacionado intimamente com a questão das novas gerações.
Líder X Chefe: as diferentes gerações e a mudança de paradigmas
Das gerações Baby Boomer, nascida entre os anos 40 até os 60, contexto pós Segunda Guerra e caracterizada pela predileção por empregos fixos e estáveis e que se orgulha de sua experiência, até a geração X (anos 70 e 80), caracterizada pela resistência ao novo, no contexto atual temos como liderança jovem as gerações denominadas Y e Z.
Caracterizados sobretudo pela íntima relação com a tecnologia, os líderes pertencentes a estas novas gerações Y (nascidos a partir de 1985) e Z (nascidos a partir de 1995) quebraram antigos paradigmas de chefias engessadas e tradicionais, inacessíveis, pragmáticas.
Das antigas gerações de líderes aos líderes jovens, o principal fator que podemos destacar é que na atualidade, o líder não é aquele que ficará “eternamente” exercendo esta função no mesmo cargo e empresa. Os líderes jovens buscam novas metas e novos desafios, e quando surge a oportunidade de algo potencialmente desafiador e inovador, ele segue outro rumo.
Aliás, há um dado significativo sobre esta característica das gerações atuais: o tempo médio de permanência em uma empresa gira em torno de 18 meses.
Daí a importância de se preparar um time autossuficiente, que não seja completamente dependente do “chefe”, mas que interaja, aprenda e dialogue com a liderança jovem, que por sua vez não vê problemas em delegar tarefas. Notou a diferença?
Desafios da Liderança Jovem
Na ânsia de “dominar o mundo”, “passar de fase” e “marcar presença” em outros territórios, a exemplo do que acontece no universo dos games, o jovem líder deve trabalhar seu ímpeto de muitas vezes agir por impulso.
Se por um lado a velocidade da resolução de problemas é uma de suas características mais valorizadas no mercado, a imaturidade e a ansiedade podem ser pontos que jogam contra, e por isso, merecem um olhar mais atento.
Preparar o time
A melhor forma para liderar uma equipe é aplicar táticas pautadas em diálogos democráticos, conscientes e inovadores. Ouvir os colaboradores, ter plena visão do que se passa no setor e investir em métodos inovadores, tanto de trabalho em equipe quanto motivacionais, é uma verdadeira “carta na manga” para exercer uma gestão de qualidade e otimizada.
No quesito motivação, aliás, a liderança jovem costuma ser um exemplo a se seguir nas empresas, devido a carga extra de energia demonstrada por estes profissionais, bem como a voracidade em ver tudo acontecer e crescer.
Boa gestão depende primordialmente de responsabilidade e ética, e isto independente de fatores como faixa etária, não concorda?
Para proporcionar aos colaboradores a preciosa autossuficiência e exercer de melhor forma a liderança jovem, é importante apostar nos conceitos de empatia, interação, vínculo, proximidade, compreensão e extrema maleabilidade para cobrar resultados, persuadindo os subordinados com uma abordagem totalmente diferente que a de um “chefe”.
E você, faz parte da liderança jovem? Como costumar lidar com os desafios? Que estratégias lança mão no que diz respeito a gestão? Conte para nós!