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5 formas de conseguir pagar as dívidas da empresa

Dívidas da empresa

Se você faz parte dos milhões de empresários brasileiros que foram afetados pela crise financeira, é bem provável que as dívidas da empresa estejam entre suas atuais preocupações.

É cada vez mais difícil encontrar empresas que estão com todas as suas contas em dia atualmente, mas se a crise tem algo de bom é que abre as portas para tornar as negociações com os credores algo mais fácil. Para ajudar você a encarar o problema de frente e encontrar uma solução, o Blog GuiaJá traz cinco estratégias que garantirão uma forma mais fácil de pagar as dívidas da empresa e conseguir sair do vermelho, confira!

1) Saber tudo que você deve e elenque as prioridades

Se você está preso em um buraco, você tem que conseguir avaliar qual é a profundidade. Com as dívidas da empresa não é diferente. Coloque tudo em um papel de forma que seja fácil de visualizar e, mais que isso, coloque no topo as prioridades.

Para ficar mais fácil, as prioridades devem ser aquelas que acarretam maiores problemas ao seu negócio, como por exemplo dívidas com os encargos obrigatórios (recolhimento de INSS, férias, entre outros); dividas com o governo (repasse de impostos federais, estaduais e municipais); salários em atraso; dívidas com fornecedores; gastos gerais (telefone, internet, água, luz etc.) e dívidas bancárias.

É claro que existem outras dívidas que podem estar tirando o seu sono, porém as listadas acima são as que geram multas (no caso dos impostos, encargos e salários), geram paralisações, ações judiciais e até a impossibilidade de funcionamento do seu negócio.

Depois de detalhar exatamente para quem e o quanto sua empresa está devendo, fica muito mais fácil enxergar o tamanho real do problema. Muitas empresas acabam pela falta de organização justamente nesse quesito.

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Saber o quanto se deve é essencial para conseguir organizar o caixa e destinar valores reais para o pagamento de cada uma das dívidas.

Na hora de negociar com os credores, também é importante levar esses dados e anotações, pois assim é mais fácil negociar parcelas que sua empresa possa pagar, sempre levando em consideração as demais dívidas que precisam ser sanadas.

2) Ser franco e encarar as dívidas da empresa com a cabeça erguida

Sabemos o quanto é difícil seguir em frente quando as contas chegam e não há dinheiro para colocá-las em dia. É por isso que a forma de se posicionar frente as dívidas da empresa faz toda a diferença.

Alguns empresários estão fadados ao fracasso justamente por ‘jogarem a sujeira para debaixo do tapete’. Não seja como eles.

Faça reuniões com as pessoas para quais está devendo, mostre dados reais sobre o faturamento da sua empresa e procure fazer um acordo extrajudicial, mas lembre-se de contar sempre com a presença de um advogado e documentar todo o acordo.

Se sua dívida é trabalhista, certifique-se de ter uma boa consultoria sobre o tema, pois existem multas que podem aumentar ainda mais a dívida. Se a dívida é com o governo, procure o setor responsável e exponha suas dificuldades.

Quando se trata de salários em atraso, a situação costuma ser mais delicada, pois envolve sempre pessoas que necessitam desse dinheiro para viver. No entanto, é sempre possível negociar, desde que ambas partes estejam abertas a uma conversa. Nesse caso, também é interessante contar com o apoio de moderadores, que poderão amenizar possíveis atritos. Nossa dica é: dê o primeiro passo, isso mostrará que você não está agindo de má fé perante seus empregados e, caso a situação evolua para ações judiciais, a iniciativa contará pontos a favor da empresa.

Dívidas da empresa

3) Reduzir seus gastos agora mesmo

Assim que as dívidas da empresa surgirem, a primeira coisa que você deve colocar em mente é a necessidade de cortar gastos. Não importa se isso significa diminuir sua produção, fazer demissões ou paralisar novos investimentos.

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Muitas vezes, medidas simples como economizar em material de escritório, limpeza e não utiliza o telefone fixo para ligações desnecessárias já ajudam a garantir mais dinheiro em caixa. Se essas medidas não forem necessárias para garantir o dinheiro necessário e pagar as pendências, avalie ponto a ponto sua empresa, com as seguintes questões:

  • Quanto você gasta por mês para manter a empresa? (Leve em consideração todos os gastos).
  • Quanto sobra?
  • Quantos funcionários você tem? Todos são realmente necessários?
  • Quantas linhas de telefone/celulares há na empresa?
  • Quantos carros?

Além dessas, vá pontuando outras questões que se encaixam no seu negócio e pondere sobre quais a empresa pode abrir mão. Muitas vezes esta pode ser a melhor maneira de zerar dívidas da empresa.

4) Considerar fazer um empréstimo

Em muitos casos, ao invés de renegociar as dívidas em separado, com cada um dos credores, pode ser mais vantajoso tentar negociar um desconto ou anulação de multas para quitar a dívida à vista.

Você pode estar se perguntando como pagará à vista se está sem dinheiro, e nossa sugestão é: considere fazer um empréstimo. Em muitos casos é possível conseguir boas amortizações de dívidas quando você se compromete a pagar de uma única vez. Além disso, as taxas de juros do empréstimo pode ser menor que a cobrada pelos credores.

Mas lembre-se que esta solução só é válida quando ficar claro que os juros do empréstimo serão menores que os juros das demais dívidas. O ideal é procurar um consultor financeiro, contador, ou até mesmo o gerente da conta da sua empresa.

5) Considerar entrar com um pedido de recuperação judicial baseado na Lei 11.101/2005

Esta é a cartada final, quando você tem certeza de que não há mais nada que possa ser feito para conseguir quitar as dívidas da empresa. Para entrar com o pedido de recuperação judicial é mais indicado contar com o auxilio de um advogado especializado em direito empresarial.

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De acordo com a Lei 11.101/2005 a recuperação judicial é um meio para garantir que empresas endividadas consigam superar a crise, afastando o risco da falência. Em seu texto, a Lei afirma que objetiva a “preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.

O pedido de recuperação judicial deve ser feito diretamente a Justiça, são necessários uma série de documentos e, tanto a empresa quanto os credores poderão se manifestar ao longo do processo.

Apesar de muito vantajosa, esta opção deve ser considerada apenas se a situação da sua empresa estiver muito crítica e, ao mesmo tempo, se você tiver um plano bem consolidado para sua recuperação. Os pedidos de recuperação judicial são analisados um a um e, caso o juiz não aceite, ele pode decretar a falência do seu negócio.

Quitar as dívidas da empresa nem sempre é algo fácil. O tema é delicado e sempre abre espaço para muitas discussões. Por isso, nunca tome decisões precipitadas, mantenha sempre uma relação cordial com seus credores e consulte um advogado e um contador de sua confiança. Gostou das dicas? Não esqueça de deixar seus comentários com opinião e sugestões!

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