Nem sempre é possível conseguir acesso ao financiamento sozinho, e nessas horas, muitos recorrem a financiamentos com familiares para poder dar continuidade aos seus planos.

Apesar das linhas de crédito terem diminuído nos últimos três anos, o financiamento ainda é o principal meio para quem deseja dinheiro para a compra de um bem, como terreno, casa ou veículo, ou até mesmo para dar início a um negócio próprio.

Se você está pretendendo se unir a seu esposo (a), irmãos, pais, ou outros familiares para conseguir o financiamento junto aos principais bancos do Brasil, saiba que isso é possível, e não é tão complicado quanto parece.

Qual o primeiro passo a ser tomado ?

Seja qual for o motivo que te leve a planejar um financiamento que envolva outras pessoas, a primeira coisa que você deve levar em conta é sua relação com este familiar.

Financiamento é coisa séria e, muitas vezes, contrair uma dívida alta pode estremecer uma relação, por mais próxima que ela possa ser. Por isso, antes de procurar qualquer banco, faça uma analise pessoal sobre as circunstancias, e só continue esses planos se você realmente tiver confiança no seu parceiro ou familiar.

<h2>Como conseguir financiamentos com familiares?</h2>

Depois que você realmente tem certeza de que essa decisão é a mais acertada, o segundo passo é procurar um banco ou uma financeira.  Ao chegar ao banco, é preciso ter em mente que vocês terão que levar documentos específicos que comprovem que vocês tenham parentesco.

No caso de irmãos e pais, isso fica claro no RG. Quando se tratam de netos e avós, sobrinhos e tios, é preciso levar as respectivas certidões de nascimento.

Já os casais podem apresentar a certidão de casamento e, no caso de pessoas que não são oficialmente casadas, alguns bancos aceitam uma declaração de união estável, que pode ser escrita de próprio punho. O mesmo também vale para casais do mesmo sexo.

Além disso, também é preciso apresentar todos os demais documentos pessoais, como CPF, comprovante de residência, e os comprovantes de renda de todos os familiares envolvidos.

Os comprovantes podem ser os holerites, declaração de imposto de renda, extratos bancários, entre outros que comprovem que os indivíduos possuem condições financeiras de arcarem com os custos do financiamento.

O que ocorre em seguida?

Com toda essa documentação em mãos, o gerente o banco ou da finaceira irá fazer uma simulação do financiamento. Como as transações bancárias podem variar muito, o recomendado é realizar simulações em todas as casas bancárias da sua cidade e escolher sempre o financiamento que oferecer os menores juros.

Esse procedimento ocorre da seguinte forma. A família diz que precisa de uma quantidade X de dinheiro. O gerente então soma todos os rendimentos apresentados e calcula se com aquela renda familiar (soma e todos os salários, pensões e benefícios), será possível liberar a quantia pedida.

Em alguns casos, como para financiamento de imóveis (principalmente os que contam com subsídio governamental no estilo Minha Casa, Minha Vida) é mais fácil conseguir a aprovação do financiamento.

O que pode atrapalhar a liberação do financiamento

Nem sempre comprovar a renda necessária para a liberação do crédito garante o acesso ao financiamento com familiares. Existem algumas situações que poem atrapalhar e, até mesmo impedir, a liberação do dinheiro.

Entre os fatores mais comuns para que isso ocorra está a não entrega de todos os documentos necessários. Ao chegar em um banco e pedir um empréstimo, você e seus familiares irão receber uma listinha com todos os documentos que precisam apresentar.

Se estiver faltando um deles, ou se esses documentos estiverem velhos demais, vocês podem enfrentar uma longa espera até que o financiamento seja aceito. Por isso, siga a risca tudo que seu gerente disser a este respeito.

Outro problema frequente é o famoso “nome sujo”. Quitar dívidas antigas com SPC e Serasa poe ser necessário para conseguir o financiamento. Também é preciso pesquisar se você não está em dívida com órgãos governamentais, como o Cadin, pois isso também impede a liberação do financiamento.